IMEDIATAMENTE
É domingo.
Nesta tarde o nevoeiro caiu sem fazer barulho,
sem estrondo nem algazarra.
O dia dissipa-se com ele
como se as formas fossem vistas ao mesmo espelho
repetindo os mesmos gestos e as mesmas métricas.
E, assim, ficou também perdido o horizonte.
Olho pelo frio do vidro onde o dedo lavra histórias com desenhos
e vejo as verticalidades da vida que anunciam o eco
que acompanha o respirar que carrego ao pescoço.
sem sentir nos olhos os contornos da rua.
Aguardo, espero, sinto e respiro a humidade
que hoje caiu, sem estrondo, deixando-me
limitada
às
fronteiras do meu corpo.
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