ELOS
Sim, fui eu.
Fui eu que o escrevi...o que encontraste quando abriste o livro
azul.
Tinhas-me procurado em todas as esquinas conhecidas,
nos cafés e esplanadas onde as esperanças e os planos se aquietam,
nas casas sem portas.
Abriste as gavetas dos armários fechados
onde camisas de punhos imaculados jaziam sem sol.
Finalmente desististe de me procurar e abriste um livro.
Sim, era eu...
Lá estava acenando-te atrás de um poema.
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