SOMBRAS SEM ABRAÇOS
o dia nunca acaba
nem se vê.
Pegam o dia na noite
como num rasgo por viver.
Não sabem adivinhar
nem se vê.
Pegam o dia na noite
como num rasgo por viver.
Não sabem adivinhar
quando começa o futuro
ou se ontem foi passado.
Multidões de nós
ou se ontem foi passado.
Multidões de nós
enrolados para dentro
passam ao nosso lado sem sabermos bem quem são.
Sombras coladas à pele, aos ouvidos e sentidos
vendo a nossa vida como se fosse a deles.
Presenciam o que dói, o que maça
e o que nos mata sem sabermos
destruindo e construindo, à vez,
a nossa história.
Acendem velas douradas
quando desnudamos os corpos,
cansados de desvendar caras tapadas
com marcas de um destino emprestado.
Quem cuida assim de nós
sem pedir troca ou trocados
é porque precisa de ser
e ter cuidado
passam ao nosso lado sem sabermos bem quem são.
Sombras coladas à pele, aos ouvidos e sentidos
vendo a nossa vida como se fosse a deles.
Presenciam o que dói, o que maça
e o que nos mata sem sabermos
destruindo e construindo, à vez,
a nossa história.
Acendem velas douradas
quando desnudamos os corpos,
cansados de desvendar caras tapadas
com marcas de um destino emprestado.
Quem cuida assim de nós
sem pedir troca ou trocados
é porque precisa de ser
e ter cuidado
com a vida onde os dias nunca acabam.
Quando um dia a noite romper
Quando um dia a noite romper
precisam de descansar.
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