TRECHO DE UM TEXTO (4)
És fonte que conheço onde perdura a minha sede
num passado a preto e branco como fotografia antiga.
Nas palavras que escrevo há chuva de lembranças
cujas gotas amparo nas mãos.
Depois, quando chega a dor de te abraçar no silêncio do vazio
trago os dedos acesos e a boca desfeita, dançando nua no papel da solidão.
Acorda em mim um grito molhado escorrendo o medo
de não te encontrar nesta viagem das sensações e desejo.
Ficam as mãos molhadas e meigas percorrendo o teu prazer
ao encontro dos teus gemidos e da chuva de tinta onde te descrevo.
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