12 DE MAIO
Sei que me atrevo a abrir a porta dos silêncios.
Tento abri-la devagarinho, com
delicadeza,
para não doer
e para que todos os ruídos do
mundo fiquem suspensos
pelo tempo que quisermos.
Sento-me nas asas que momentaneamente pararam de bater
e falo contigo.
Sabes que imaginando também se
começa a conhecer?
Mesmo uma caixa fechada e aparentemente fria tem sempre uma forma de abrir.
Sei que queres um dia novo, um
dia que não te saiba a amargo,
que não te lembre vésperas.
Hás-de conseguir.
Hás-de conseguir que não doa tanto.
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