BEIJO SEM BOCA,
CÉU SEM FUNDO
Mataste o reparável.
O medo e o desejo
de prosseguir acreditando.
Mataste a magia
e o não morrer de cansaço.
Mataste a sede de saber
e de iludir num qualquer amanhã.
Mataste o encanto dos amores.
Há erros irreparáveis porque matam
o encanto dos amores
entre os amantes.
Nasceu
o desencanto, a melancolia
o não faz mal.
Falta a saudade e o contentamento.
O instante passou.
Mataste o sorriso de outrora.
Que deu lugar ao de agora
que não é mais o sorriso.
Sou público passivo
irremediavelmente só,
fechada neste mundo que não escolhi,
que não me foi prometido
mas que herdei por ter confiado.
Mataste o remediável e o reparável
deixando rasto de desencanto e engano.
Amar não é isso.
Amar não sabe a
solidão, a perda ou a engano.
Aqui jaz quem foi feita descrença
esquecendo-se mais e mais de si mesma
e de acreditar que existe algo mais para além do céu.
Revelaste-te beijo sem boca,
céu sem fundo.
CÉU SEM FUNDO
Mataste o reparável.
O medo e o desejo
de prosseguir acreditando.
Mataste a magia
e o não morrer de cansaço.
Mataste a sede de saber
e de iludir num qualquer amanhã.
Mataste o encanto dos amores.
Há erros irreparáveis porque matam
o encanto dos amores
entre os amantes.
Nasceu
o desencanto, a melancolia
o não faz mal.
Falta a saudade e o contentamento.
O instante passou.
Mataste o sorriso de outrora.
Que deu lugar ao de agora
que não é mais o sorriso.
Sou público passivo
irremediavelmente só,
fechada neste mundo que não escolhi,
que não me foi prometido
mas que herdei por ter confiado.
Mataste o remediável e o reparável
deixando rasto de desencanto e engano.
Amar não é isso.
Amar não sabe a
solidão, a perda ou a engano.
Aqui jaz quem foi feita descrença
esquecendo-se mais e mais de si mesma
e de acreditar que existe algo mais para além do céu.
Revelaste-te beijo sem boca,
céu sem fundo.
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