SEGREDOS (III)
AMOR SOLITÁRIO
AMOR SOLITÁRIO
Ainda me sento com a janela aberta: esses são os últimos fios da teia do Verão. Esses e os resquícios acastanhados do corpo sem roupa.
A música toca baixo para não chamar a chuva, mas ela virá na mesma e com a mesma duração de sempre: demais!
Os olhos demoram-se nas páginas dos livros relidos tantas vezes sem dar descanso ao cansaço dos anos.
Sei que amanhã recomeça a semana e que tenho de partir mais uma vez.
A música toca baixo para não chamar a chuva, mas ela virá na mesma e com a mesma duração de sempre: demais!
Os olhos demoram-se nas páginas dos livros relidos tantas vezes sem dar descanso ao cansaço dos anos.
Sei que amanhã recomeça a semana e que tenho de partir mais uma vez.
Fecharei bem as portadas das janelas, as camas ficarão feitas, os sofás solitários, a loiça arrumada, a manta de quadrados dobrada.
Duas voltas à chave- como me pedia a minha Mãe. Sempre duas voltas!
E partirei sem olhar para trás com receio de querer voltar.
Duas voltas à chave- como me pedia a minha Mãe. Sempre duas voltas!
E partirei sem olhar para trás com receio de querer voltar.
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