COLAGEM
E se ontem fosse hoje, cada
palavra esquecida era dita
olhando-te pela janela dos vidros que partimos.
Relembro o que poderias dizer e colo-te na boca papel vermelho
remendado com cola arrancando o que me rasga as costas.
Redigo-te palavras carregadas de verdade se te disser que te amo.
E enquanto estremeço pensando na tua pele
e me perco sem a tua voz,
o meu corpo grita pelas tuas mãos.
Colo-te agora ou os vidros partidos rasgarão a tua pele para sempre.
Não te ouço, não te vejo, não te cheiro, não te sinto,
não te consigo colar vagueando pelo escuro.
Vagueando corto-me no vidro, há lágrimas que escorrem por amar cada vontade nossa.
Num dia chamado hoje vou cobrir-me
à espera das tuas palavras de despedida.
olhando-te pela janela dos vidros que partimos.
Relembro o que poderias dizer e colo-te na boca papel vermelho
remendado com cola arrancando o que me rasga as costas.
Redigo-te palavras carregadas de verdade se te disser que te amo.
E enquanto estremeço pensando na tua pele
e me perco sem a tua voz,
o meu corpo grita pelas tuas mãos.
Colo-te agora ou os vidros partidos rasgarão a tua pele para sempre.
Não te ouço, não te vejo, não te cheiro, não te sinto,
não te consigo colar vagueando pelo escuro.
Vagueando corto-me no vidro, há lágrimas que escorrem por amar cada vontade nossa.
Num dia chamado hoje vou cobrir-me
à espera das tuas palavras de despedida.
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