POR DENTRO
E uma outra vez a casa abate sobre mim o seu vazio,
Num silêncio quase tão fresco como tu
Mas não refrescante como a brisa da noite durante o verão.
Mais uma vez o vazio percorre a casa toda
Precisando do teu cheiro para deixar de ser transparente
Presenteando sorrisos e cantares
Às horas que passamos juntos falando dos que sobrevivem fora de nós
E dos prazeres no roçar da pele,
do fluir das carnes, dos cortes dos orgãos
Marcados como pertença
Dos prazeres da confiança do amor pretendido e dado sem afago
Com a paixão que a violência, às vezes, promete a fingir,
Só para brincar com o coração do sexo.
O vazio
A sala imensa, as palavras e a língua à procura e à espera para as dizer.
Num silêncio quase tão fresco como tu
Mas não refrescante como a brisa da noite durante o verão.
Mais uma vez o vazio percorre a casa toda
Precisando do teu cheiro para deixar de ser transparente
Presenteando sorrisos e cantares
Às horas que passamos juntos falando dos que sobrevivem fora de nós
E dos prazeres no roçar da pele,
do fluir das carnes, dos cortes dos orgãos
Marcados como pertença
Dos prazeres da confiança do amor pretendido e dado sem afago
Com a paixão que a violência, às vezes, promete a fingir,
Só para brincar com o coração do sexo.
O vazio
A sala imensa, as palavras e a língua à procura e à espera para as dizer.