terça-feira, junho 21, 2011
segunda-feira, junho 13, 2011
Uma delas, “ conjugar o verbo ir em todos os tempos verbais: ir, vou, fui, irei, indo…”, acalmava a tua sede de viagens, de ver coisas novas, de experimentar lugares e sítios. Foi um dos teus amores durante a vida: viajar, nem que fosse só dar um passeio regressando no mesmo dia.
Lembrei-me de ti e levei-te a passear, rumando a sul, entrando dentro do primeiro comboio que parou na gare. Não interessava o destino, o bilhete dava até ao fim da linha.
De mochila às costas e não sabendo para onde ia, tinha a escolha de sair do comboio quando o instinto me sussurrasse ao ouvido.
Olhava pela janela e vi parte da minha vida vista de cima tal e qual como via o Tejo.
Esvoaçaram na minha cabeça frases da campanha da Sumol! O target é, obviamente, jovens da idade dos meus filhos, mas fizeram cá dentro um eco perfeito recordando que já tive a idade deles. E percebi que a semente não morre e que ficou bem guardada cá dentro não ligando importância às rugas que apareceram com os anos.
pratica o “ não me interessa o que pensas de mim”.
( mantém-te original)
“ um dia vais achar que tens de trocar de carro de 4 em 4 anos”
( quando esse dia chegar não lhe fales)
Fantasticamente sãs essas filosofias e liberdades da minha juventude e que agora tornava a tê-las com outra sabedoria e outro sabor.
O comboio ganhou mais velocidade e as imagens, vistas da janela, confundiam-se umas com as outras fundindo-se num mar de cor indecifrável. Nadando aproximei-me do que queria.
Não há hipótese de me enganar: o destino é sempre o meu e o mundo é maior.