Escrever histórias 100 palavras

As histórias fazem parte do nosso universo, mesmo quando já somos crescidos por fora. Escrever histórias é uma das formas de conseguir sobreviver ao mundo dos crescidos. Helena Artur é o pseudónimo da Joana Quinta

sábado, abril 12, 2008

O PRÓXIMO OBJECTIVO É PARIS... ou Barcelona, ou um jantar entre amigos no Bairro Alto, um simples DVD ou uma qualquer janela aberta. Um Km percorrido em cinco minutos é o mesmo Km percorrido em vinte ou quarenta minutos. Somos nós que fazemos a diferença.





"A maior parte de nós percorre um longo caminho. Fomos de um mundo para o outro que era quase igual ao primeiro, sem nos preocuparmos com o destino, vivendo o momento. Fazes alguma ideia de quantas vidas teremos de viver antes de compreendermos que há coisas mais importantes do que comer, lutar ou disputar o poder no bando? Mil vidas, Fernão, dez mil vidas!E, depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que a perfeição existe, e outras cem para constatar que o nosso objectivo na vida é conseguir a perfeição e pô-la em prática. As mesmas regras se aplicam, agora, a nós: escolhemos o nosso mundo através do que aprendemos neste. Se não aprendermos nada, então o próximo mundo será igual a este, com as mesmas limitações e obstáculos a vencer.”

Richard Bach, in Fernão Capelo Gaivota

segunda-feira, abril 07, 2008

IN MANUS TUAS PATER, COMMENDO SPIRITUM MEUM


In manus tuas Pater, commendo spiritum meum

quinta-feira, abril 03, 2008

UM DIA A MAIS DO QUE ONTEM



( Acerca do poema “ A meu favor” de Alexandre O’Neill )


A teu favor tudo o que tenho de teu:

O verde dos meus olhos que só secreto é quando a tua luz
teima em ficar nos meus, acrescentando-os.

A passageira felicidade do sorriso reconhecido
que atormenta os meus lábios
com algumas palavras de amor,
outras de amor e mais de timidez sussurante.

As noites viajadas sem tempo,
nesta, ou noutra noite qualquer,
entre as paredes sem ouvidos que ladeiam
os lençois que acolhem
o rasgo infinito dos nossos braços sem mira.

A teu favor tudo o que de ti tenho eu:

o teu peito feito refúgio,
o meu regaço teu abrigo,
a vida que teima em correr mais rápida
que o sofrimento inesperado, a acontecer amanhã,
escondido neste espectáculo
do qual somos espectadores
de uma aventura com o nosso nome.