sexta-feira, dezembro 30, 2011
ESCOLHER PAPEIS
APRENDIZAGEM 2012
APRENDIZAGEM 2012
" Passaste a vida a ajudar pessoas.....e a pessoa
tu....ajudaste quando?????
É importante que aprendas a aceitar as coisas que te
acontecem como um reflexo de quem és e que são as aprendizagens que precisas...e
tu tens tanta coisa bonita.
Afinal de contas podemos escolher viver as coisas da melhor
maneira....
Fica combinado.... podemos
encontrar-nos por volta das 4h.....podes ir ter ao Chiado?
Anima-te "mulheri", vamos usar este teatro da vida para
escolher os papeis que queremos...ok??? combinado???"
Esta foi a melhor mensagem de Ano Novo que recebi porque sinto o quanto me vês por dentro.
Obrigada e Bom Ano.
segunda-feira, dezembro 19, 2011
sexta-feira, dezembro 16, 2011
CIRCO
Já estudei o guião,
acertei o passo
e atentei na deixa;
acompanhei o ritmo
aprendi o gosto
e decorei as falas.
Subi ao palco,
fui cabeça de cartaz
dirigindo orquestras,
dancei em cavalos a galope
e saltei do trapézio, sem medo,
mesmo com a rede com buracos
maiores que eu.
maiores que eu.
Fiz piruetas,
posei para as câmaras, sem pestanejar,
inventei lágrimas perdidas
e a gargalhada precisa.
e a gargalhada precisa.
Risquei a giz o meu lugar no palco
e, sem enganos, esperei nos bastidores
o abrir dos panos
e o reabrir das palmas.
e o reabrir das palmas.
Entendi as palhaçadas e mentiras
que me levaram a deixar de acreditar
e continuo a não saber representar.
e continuo a não saber representar.
Triste para quem gosta de circo
e de histórias de verdade.
e de histórias de verdade.
terça-feira, dezembro 13, 2011
segunda-feira, dezembro 12, 2011
AMOR
Contava-lhe
histórias
inventadas
“au
moment"
fazendo
mímicas exageradas,
teatrealizando-as
para o distrair.
Quando
chorava, sorria e fazia-lhe festas.
Quando
conseguia que os seus olhos cintilassem,
as
lágrimas submergiam os meus.
Que
bom se as minhas histórias
lhe
aliviaram o sofrimento
e lhe
tornaram a vida mais leve.
Aos
meninos que sofrem como se fossem crescidos.
terça-feira, dezembro 06, 2011
FAZEDORA
As mãos. A ocupação oficinal, o silêncio e o ouvir do pensamento.
http://artesoficinaisjoalhariaecriatividade.blogspot.com/
O trabalho oficinal traz a tranquilidade do fazer, do ser feito, da consciência do passar do tempo na construção.
As mãos. A ocupação oficinal, o silêncio e o ouvir do pensamento.
O trabalho oficinal traz a tranquilidade do fazer, do ser feito, da consciência do passar do tempo na construção.
Sempre assim senti. Fazendo colagens, pintando, escrevendo, fazendo crochet ou tricot.
Trabalhar os metais reforçou essa tranquilidade e essa consciência, bem como o acreditar que a inspiração só vem com trabalho diário e não romanticamente como uma aparição de algum dia ou hora especial.
A criatividade, o descobrir, o inventar alia-se ao trabalho minuto a minuto, hora a hora.
Os materiais vão sendo moldados e modificados, alterados, recozidos e enaltecidos pelo espírito que escorre através das mãos. Outrora tratadas, suaves e macias como as de uma princesa; agora sujas, riscadas, feridas e magoadas pelas ferramentas do trabalho. Trabalho que se vai fazendo sempre mais sem nunca aparecer o contentamento, sem nunca acabar a necessidade de continuar, sabendo que acabará quando acabarmos de o poder fazer.
As mãos, os olhos, a força do corpo, a emoção tornada paciência ou desespero, o trabalho, o erro, o refazer, o projecto, a vida. Tudo isto numa bancada, num cantinho de um atelier oficinal com cheiro a garagem abandonada.
Os metais são como as pessoas: se os tratarmos com calor e carinho reagem com meiguice e deixam-se trabalhar. Com frieza e brusquidão respondem com rigidez e teimosia. Esta aprendizagem oficinal seria útil à maioria das pessoas deste mundo.
Quase sempre surgem modelos, peças que não sabemos onde se escondiam e fazem já parte da necessidade da nossa vida.
De nós e do que somos. Do que precisamos de ser.
O encontro dá-se e prolonga-se o anseio e a necessidade da dor e do amor pelo fazer.
O cobre, a prata, o zinco, o alumínio, os ácidos, as lixas, as serras, as limas, o torno, a tinta, o pincel e o sabão; os desenhos e a peça nunca perfeita pousada nas nossas mãos trabalhadas pelo que se faz.
A busca do que não fizémos, do que não sabemos, o olhar para as mãos e entendê-las assim, tal e qual estão: sujas, manchadas e feridas aquecendo o coração que bate dentro do peito.